sexta-feira, 25 de abril de 2008

Dia da Liberdade, Revolução dos Cravos, 25 de Abril

© Luís Veloso

Vamos lá, toca a ensinar a o miúdo o que é a LIBERDADE!
Os miúdos não têm culpa... os VALORES UNIVERSAIS têm que ser transmitidos às novas gerações. Valores que a Humanidade conquistou, com tanto sacrifício como, a Democracia, a Liberdade... não se aprendem por descoberta, ou se transmitem ou se perdem. Para os mais novos e para começar, importa conhecer o significado de expressões como “A revolução dos cravos” (ver outras expressões ligadas ao acontecimento).

Semana Cultural

Terminou ontem a Semana Cultural. Para mais tarde recordar, uma mostra de Fotos da Exposição: “Os loucos anos 60”.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Um pouco da História da Humanidade e um Testemunho de Fraternidade

Em véspera de fim-de-semana, um pps para nos conduzir a momentos de reflexão sobre os VALORES da VIDA e da FRATERNIDADE. Dedico-o a todas as pessoas que fazem trabalho de voluntariado no campo da Educação, da Saúde, da Segurança... que fazem de parte das suas vidas uma doação de si próprios, do seu tempo, do seu conhecimento, da sua alegria... emprestam as suas mãos, os seus pés, a sua boca... na luta pela defesa dos DIREITOS HUMANOS, tornando a vida de muitas pessoas mais suave e mais FELIZ :-)

sábado, 12 de abril de 2008

Meninos de todas as cores III


O sangue vermelho do homem branco
Do homem negro
Do homem amarelo
O sangue é vermelho
É um sangue só.

O leite branco da mulher branca
Da mulher negra
Da mulher amarela
O leite é branco
É um leite só.

Deus pôs dentro dos homens e mulheres de aparências diferentes
Uma humanidade só:
O mesmo anseio
A mesma fome
O mesmo sonho
O mesmo pó;

O mesmo sangue vermelho
A cor da Vida
Da cor do amor.
E mais:
O mesmo leite branco da cor da Paz

A. Jorge

PS: Com um particular agradecimento ao Professor Raul Martins pelo envio deste belíssimo texto.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Meninos de todas as cores II


Era uma vez um menino branco chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:

É bom ser branco
porque é branco o açúcar, tão doce,
porque é branco o leite, tão saboroso,
porque é branca a neve, tão linda.

Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:

É bom ser amarelo
porque é amarelo o Sol
e amarelo o girassol
mais a areia da praia.

O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba que, como os outros meninos pretos, dizia:

É bom ser preto
como a noite
preto como as azeitonas
preto como as estradas que nos levam para
toda a parte.

O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos.
Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:

É bom ser vermelho
da cor das fogueiras
da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.

O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:

É bom ser castanho
como a terra do chão
os troncos das árvores
é tão bom ser castanho como um chocolate.

Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:

É bom ser branco como o açúcar
amarelo como o Sol
preto como as estradas
vermelho como as fogueiras
castanho da cor do chocolate.

Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.

Luísa Ducla Soares

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O caminho... o (re)encontro, a alegria, a vida...

À PROCURA DA PALAVRA
Por P. Vítor Gonçalves

DOMINGO III DA PÁSCOA Ano A (6-Abril-2008)

Eles contaram o que tinha acontecido no caminho
e como O tinham reconhecido ao partir o pão.”
Lc 24, 35

Gestos que dão vida

Não é verdade que tudo aquilo que fazemos ou vemos outros fazer fica mais gravado em nós do que muitos discursos? Todo o educador conhece a importância da linguagem não verbal, dos gestos e posições do corpo, de ensinar fazendo com quem aprende, de semear gestos significativos. Não são as ideias ou teorias elaboradas que convencem ninguém mas sentir que é vida acontecida ou a acontecer em quem comunica. Não ficamos logo fartos de quem fala como 'Frei Tomás', de quem se repete: 'faz o que ele diz e não o que ele faz'? Entristece a sua ignorância da realidade, a sua distância de quem o escuta (por pouco tempo!), o seu legalismo de dizer coisas certas que nem ele próprio segue. Não quer caminhar connosco nem pôr as mãos na massa para fazermos juntos aquilo que diz saber como é, mas nunca fez!

Sinto-me a andar para a frente e para trás neste caminho de Emaús, despojando-me das ideias de poder e vitória, exultando com Jesus a fazer tudo novo. Sou o discípulo sem nome que acompanha Cleofas e revejo estas dúvidas que as muitas paixões, e cruzes, e mortes, deixam em mim e à minha volta. E volto as escutar as palavras do desconhecido como fogo a reavivar as brasas, porque não basta ouvir uma vez o que enche a vida de sentido. Sento-me como pobre de sonhos e projectos à mesa onde agora Ele me pôs a partir o pão, e vejo-me ali partido, aprendendo (devagarinho) a dar-me cada vez mais como Ele. Vou entendendo que este fazer é Deus a fazer-me (e a estes que se sentam comigo) alimento para quem tem fome d'Ele. Descubro que tudo o que é feito com amor leva sempre um pouco (ou muito) de quem o faz. E caminhamos, ainda que trémulos, na noite cheia de luz, para dar notícia deste encontro!

As palavras estão grávidas de gestos. Pronunciem-se discursos, escrevam-se leis, compilem-se doutrinas, condenem-se infractores, mas se todas essas palavras não servirem a humanidade para criar mais vida, mais verdade, mais justiça, e mais amor, o seu destino será o pó e o esquecimento. Jesus não vence destruindo quem se lhe opõe; vence pela abundância de amar. Não reclama poder temporal; oferece serviço de libertação. Não é meigo com a hipocrisia; convida à verdade. Não se gasta em palavras; aceita o gesto máximo do aniquilamento. E é da morte que nos ensina a ressuscitar! Ensinando-nos a morrer, no caminho e na mesa, porque é aí que as palavras geram vida!